Assassinatos de reputação, censura, lockdowns, cancelamentos, perseguição a médicos que tratam seus pacientes, ameaças à autonomia profissional, medo, corrupção, confronto político, instrumentalização ideológica e econômica da medicina e autoritarismo. A pandemia causada pelo novo coronavírus revelou profundas ameaças à liberdade, à consciência humana e à própria ciência, principalmente no campo da saúde. O livro Ética & COVID analisa fatos perturbadores ocorridos durante a pandemia e busca algumas de suas origens culturais e ideológicas. No olho do furacão encontram-se não somente as profissões de saúde, mas nossos valores civilizacionais, nossa consciência, a dignidade humana e o futuro da própria ciência.
- ISBN: 9786588525166
- Acabamento: Brochura
- Páginas: 412
- Edição: 2022
- Autor: Hélio Angotti Neto
O imaginário das sociedades e as expectativas de saúde alcançada pelo controle de riscos e de doenças vieram para o palco mediante a posição dos meios de comunicação, da atuação política e judicial e de interesses comerciais, que, em nome da Ciência, confundiram conceitos e criaram distorções nas pesquisa e práticas profissionais, cuja correção faz-se necessária para uma nova Ciência, não feita de opiniões ou desejos, mas método, hipóteses, observações e estudos comparativos. Retomando-se as formas éticas e lógicas, técnicas, que sempre fizeram avançar a humanidade avançar.
No amplo espectro de focos, temas e teses que Ética & Covid contempla, resumi o meu pensamento e o meu sentimento nesse lamento (pela perda) e na esperança (de superação) para voltarmos a confiar em uma Ciência Médica respeitada e médicos respeitosos de seu juramento de se comprometer com o que sabem ser melhor para os seus pacientes, atualizar continuamente o seu Conhecimento e cuidar da integridade ética da sua profissão.
— Maria Inez Pordeus Gadelha
Médica oncologista e servidora do Ministério da Saúde
[...] a realidade da área de saúde pública no Brasil [...] é um dos temas centrais do incrível livro do Dr. Hélio. Ele trata de questões fundamentais da medicina, como o juramento hipocrático, de questões bioéticas, do aborto, da loucura do trans-humanismo e também de números epidemiológicos da pandemia no Brasil, com uma visão muito diferenciada daquilo que vimos na grande imprensa. O Dr. Hélio fala também de destruição da reputação da ciência médica, onde estudos com dados falsos foram publicados por renomadas revistas científicas para inviabilizar tratamentos de baixo custo. Um festival de fraudes científicas. Tudo em nome de fama momentânea ou ganhos financeiros inescrupulosos.
Vimos não apenas um ataque à ciência de verdade, por parte de “gênios” da saúde pública nacional (alguns com menos de 100 citações no currículo), mas também da demonização de grandes cientistas, alguns com mais de 50 mil citações científicas. Até mesmo ameaças à vida de pesquisadores não alinhados com a “verdade dos sábios” da saúde pública nacional aconteceu nesse louco período da pandemia (2020 e 2021). Tudo isso está no livro do Dr. Hélio, na forma de diversos capítulos, escritos entre 2017 e 2021.
Nesse sentido, recomendo demais a leitura do livro desse grande médico e humanista capixaba. Esse conselho só não vale para aqueles que ainda tentar desvirtuar a ciência de verdade. Essas pessoas, teriam condenado Galileu à morte em 1633 por falar verdade.
— Marcelo Hermes-Lima
Professor de Bioquímica, 7700 citações (Google Scholar)
A crise biológica do Covid-19 foi um marco de uma nova regulação restritiva da liberdade de expressão. Mundialmente, consolidou-se o discurso que havia um modo correto de se lidar com a crise de saúde pública. Sem entrar no mérito da solução predominante, cabe indagar se é constitucional impedir o debate de soluções de saúde pública alternativas diante de emergências sanitárias.
Isto é, pode o Estado determinar o silenciamento daqueles que propõem alternativas médicas ao tratamento dominante? Ou a liberdade de expressão e científica abrange a contestação de discursos dominantes de saúde pública? Caso consideremos que as medidas sanitárias predominantes para o combate ao COVID-19 estavam corretas, o que garante que, na próxima crise biológica, o establishment também acertará sobre o melhor modo de lidar com o problema?
Ainda precisamos enfrentar o dilema, estabelecendo parâmetros justos sobre os novos contornos da liberdade de expressão no século XXI. Este livro é necessário para compor o debate ético sobre o tema, abrindo o campo democrático para enfrentar o autoritarismo submerso, mas sempre presente, nas instituições públicas brasileiras.
— Dr. Igor Pereira
Pós-Doutorado em Direito pela Universidade da Califórnia – Berkeley