Diálogos de Domingo

Como seria, dissemos a nós mesmos, se, num mundo em que tudo é sufocado por uma “atualidade” passageira, em que tudo é agitação cotidiana e superexcitação do tipo breaking news, falássemos das “inatualidades” duráveis da vida, as únicas que em verdade contam?

Querendo entender o que acontece conosco quando dizemos que “vivemos”, procuramos fazer uma revista ilustrada da vida, surpreender a existência de diferentes ângulos e em diferentes posições. Quisemos desembaraçar os nós da existência, quisemos obrigá-la a sair dos subentendidos dela e fazê-la exprimir-se para o entendimento de todos. Quisemos recuperá-la do território da penumbra, para dissipar, ao menos um tempo, a confusão em que nos comprazemos, vivendo.

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